por Isabel Fomm de Vasconcellos Caetano

Muitas mulheres têm aversão à política. Acreditam que é um meio sujo e desonesto, que a maioria dos políticos é corrupta e outras convicções do tipo. É mais um mito.
Em todos os meios humanos há gente do bem e gente do mal. E embora a mída priorizeas notícias do lado escuro da vida (“Notícia boa é notícia ruim”, preconiza uma máxima do jornalismo) a maioria absoluta das pessoas é boa e honesta. Só que essas não aparecem na mídia...
Vale aqui uma reflexão importante. São eles, os políticos, que podem resolver ou prejudicar grandemente a sua saúde, mormente a saúde feminina.
Os conservadores, por exemplo, dificultam o acesso a vacinas (que eles consideram inócuas ou mesmo prejudiciais); lutam pelo retrocesso daquela Lei (do ano 1940) que faculta o aborto legal às vítimas de violência sexual ou às gestantes que carregam no ventre um feto anencéfalo, que morrerá ao nascer. Ou seja: acreditam que as mulheres devam levar a termo uma gravidez que tem por pai um monstro estuprador ou esperar 9 meses para ver seu filho, afinal, morrer por anencefalia.
Só muito recentemente os postos de saúde passaram a distribuir absorventes menstruais às mulheres que não podem pagar o alto custo desse conforto, enquanto, há anos, distribuem gratuitamente fraldas geriátricas...
Tudo isso – só para citar alguns exemplos – é fruto de políticas públicas na saúde. E quem manda nelas são os políticos. Dependendo de quem você elege, pode estar votando contra você mesma!
Portanto, é necessário sim, meninas, compreender o mundo político, conhecer bem as plataformas daqueles que concorrem às eleições municipais, estaduais e federais. Para não correr o risco de dar um tiro em seu próprio pé.
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