poema de Isabel Fomm de Vasconcellos Caetano

A artista aprisionada que
Vive dentro de mim
Envelhece comigo.
Mas noutro compasso.
Rendeu-se à conveniência.
Perdeu a aventura.
Enquanto eu
Ainda sonho,
Entre a ternura
E a loucura.
Abrirei para ela a porta,
Vou carrega-la de volta
À consciência.
Deixarei para ela o espaço
Desse meu resto de vida.
Ela que ouse, se atire,
Ela que escandalize.
É ela, não eu,
Quem sabe fazer-se
Ouvida.
Comments