Ele era a alegria da garotada, nas rádios e no circo, quando eu era bem criança. Chegou mesmo a participar da recém inaugurada TV no Brasil,

Estão nos ouvindo, afinal – pensa ela – o coração batendo forte – ela, tão acostumada a não ser ouvida, a ser desacreditada, desrespeitada,

Verdadeira demais para ser ficção, a gente pensa enquanto assiste.

Lá embaixo, na avenida, a indestinguível gritaria de mais algum protesto, que não sei do que se trata.

“Você jamais será uma pessoa feliz e realizada se não for mãe” –

Na década de 1980, foi moda munir a mulherada de grandes agulhas para espetar esses engraçadinhos.

Um saco, que saber? Falo sobre isso há mais de 50 anos, em todos os 8 de Março

Hoje, quando se completam 22 anos de sua morte, não quero eu aqui ter a pretensão de julgar, e muito menos condenar, a renúncia de Celly .

Escapei três vezes de ir parar nos porões do arbítrio e da tortura da ditadura militar, nos anos 1970.

Respirei fundo, uma limonada, um café e venho ao FB a tempo de assistir ao vídeo do Salão Oval!

Sim, a Terra é quadrada! Nunca pensei que, aos 73 anos de idade, veria a Terra se tornar o máximo da quadradice, da mediocridade...

Estamos num momento em que a casa está caindo, no Planeta.

O mundo parecia adorar as besteiras, o negativismo, o negacionismo, a tremenda imbecilidade!

Neste novo milênio, infelizmente, assistimos ao maior fluxo migratório de que temos notícias.

Encarei inúmeras mortes de tantos dos meus entes queridos com a tranquilidade de quem sabe, como diria Noel Rosa, "morrer é da vida".

Conheci o escritor Ignácio de Loyola Brandão em 1983,

Acordei e vi meu sonho Rolar pelo travesseiro

Não pela urgência que pedem seus versos, Mas pela vontade de minha alma transversa.

Pendurei minha alma no varal para secar. Encharcada estava de tanta melancolia.