Dia Útil

por Isabel Fomm de Vasconcellos Caetano

Fiquei tão entusiasmada por autografar os meus livros na Paulista, domingo passado, que resolvi transformar uma prateleira da grande estante que tenho no corredor, em uma "vitrine" para expor todos os meus livros publicados com as capas visíveis (e não apenas as lombadas). Fiz isso. Mas aí, é claro, "sobraram" muitos livros que, antes, ocupavam essa prateleira. Pensei: "Já estou novamente com livros demais em casa. Vou separar alguns para doação".

Já fiz várias doações de livros, principalmente nas mudanças de apartamentos, que é uma boa hora para decidir quais exemplares irão para a doação. Em 2003, foram 150 pra Biblioteca da Cidade Dutra. Em 2010, mais uns 800 para Paraisópolis. Em 2015, coloquei mais uns 800 na garagem aqui do condomínio, para quem quisesse levá-los (e sumiram em alguns poucos dias). No ano passado mandei 250 livros para a ONG do João Scortecci, a Livros Para Todos. Mas mesmo assim, ainda tinha livros demais.

Comecei a separar alguns ontem à noite. Mas não me contento em apenas separar... Resolvo arrumar as estantes, colocando em ordem os exemplares por assunto, autor, essas coisas. Dá trabalho! Aproveito para deixá-los limpos, assim como as estantes, bem limpos e ainda remendo as capas desbeiçadas... Haja trabalho!

Portanto, à noite, parei. Para editar o vídeo do Francisco Assumpção pro nosso Portal. E hoje, depois da rotina de todos os dias, passarinhos, café, casa e publicação diária do Portal e respectivas redes sociais, mãos à obra.

Comecei lá pelo meio dia e meia. As estantes estavam mesmo bagunçadas. Faz tempo que não as arrumava. Às três da tarde eu tinha um carrinho de supermercado com 166 livros para doar aqui pra Biblioteca do nosso condomínio.

Mas... as estantes de livros já estavam arrumadas... Mas... a Elizabeth V cismou de ficar algum tempo enfiada na estante de CDs de audio aqui no escritório. Faz sujeira, claro. E os CDs também estavam bagunçados. Resultado: fui arrumar tudo, colocando os CDs todos bem juntinhos, sem espaços para que ela pudesse se enfiar entre eles. Claro que repeti o mesmo ritual dos livros: agrupar por gênero musical, por artista, aquilo de sempre!

Gente! Ficou tudo ma-ra-vi-lho-so! Mas o chão... Foi preciso varrer quase a casa inteira! Assim, a trabalheira durou até às 18h30, quando, finalmente, me enfiei no chuveiro!

E, agora, estou aqui, toda orgulhosa da minha bela arrumação das estantes! Pra rimar, gratificante!!!

Philip e Elizabeth sempre gostam quando arrumo a casa, seja o que for. Ficam mais alegres, mais serelepes! Philip está na minha cabeça agora e Elizabeth roendo um barbantinho de um saquinho de veludo sobre a minha mesa de trabalho, depois de "descortinar" o guardanapo de papel que usei no jantar!

Só alegria, gente querida! Só alegria!